Playlist 6. 22/08 - Saúde e processos de GP: Resiliência & Coping

Hoje faremos uma discussão sobre temas que já vem sendo tratados especialmente pelos profissionais de saúde, mas que precisa ser considerado pelo profissional que atua na Gestão de Pessoas. Vivemos experiências como trabalhadores e trabalhadoras que exigem o lidar contínuo com prazos exíguos, metas difíceis de serem atingidas, o trabalho constantemente atualizado por tecnologias de comunicação, como mídias digitais (emails, FB, celular). Cabe aos trabalhadores/as desenvolver estratégias para manter-se no mercado, no emprego, e com saúde? Como isso pode ser feito e por quem? Como os conceitos de resiliência e coping se relacionam a esta realidade?

Leitura Recomendada

• Barlach, L., Limongi-França, A. C., & Malvezzi, S. (2008). O conceito de resiliência aplicado ao trabalho nas organizações. Interamerican Journal of Psychology, 42(1), 101-112.

Leitura Complementar

• Gomes, S. D. F. S., Santos, M. M. M. C. C., & Carolino, E. T. D. M. A. (2013). Riscos psicossociais no trabalho: estresse e estratégias de coping em enfermeiros em oncologia. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 21(6), 1282-1289.
• Scherer, L.A., Minello, I.F. e Scherer, F.L. & Moura, G.L. de. O processo de resiliência de brasileiros expatriados na Índia. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 7 (1), jan - jun, 2014, 2-16.

Reportagens

• Empresas investem no bem-estar para ganhar produtividade, diz estudo. Época Negócios, Outubro de 2018. 
• Autoridade admitem suicídio de funcionário por excesso de trabalho. Diário de Notícias, Outubro de 2017.

Para reflexão em grupo

Em relação ao artigo de Barlach, Limong-França & Malvezzi (2008):

• O artigo traz uma discussão sobre saúde e atrela esta reflexão ao pensar resilência. A respeito se menciona: "A afinidade entre a teoria de Dejours (1986) e os escritos sobre resiliência pode ser resumida em quatro pontos: a) saúde não é ausência de patologia; b) resiliência tampouco é representada por oposição ou pela ausência de patologias (Masten, 2001); c) o sofrimento pode ser patogênico ou criativo (Dejours & Abdoucheli, 1994); d) diante da situação de risco à saúde psíquica, pode haver vitimização/patologia ou resiliência" (p.104). Como este tipo de reflexão nos ajuda a pensar organização, trabalho e trabalhadores/as.
• Sobre o conceito de resiliência: "O recorte teórico adotado neste estudo pressupõe que resiliência pode ser definida como a construção de soluções criativas diante das adversidades presentes nas condições de trabalho e dos negócios da sociedade atual, da qual resulta um duplo efeito: a resposta ao problema em questão e a renovação das competências e do élan vital dos indivíduos. A resiliência envolve não somente o controle sobre a situação, mas um determinado reforço para que o individuo siga lutando por novos resultados pessoais e pelos perseguidos por seu grupo de trabalho" (p. 106). Como este conceito nos ajuda a pensar a prática em G.P.?
• No que a reflexão feita no artigo com os executivos pode nos ajudar? Escolha uma das reportagens do blog para refletir também sobre resiliência e coping.